Editorial

A informação é necessária

Sem a circulação da edição impressa do Diário Popular no final de semana, além de um sentimento de frustração na Redação, milhares de assinantes questionaram os motivos. O Diário Popular é impresso em Porto Alegre, como a maioria dos Jornais do RS atualmente, por motivos mercadológicos, em que já não vale mais a pena ter uma gráfica própria. No entanto, a logística, completamente afetada pelas cheias do Guaíba, impediu a chegada dos exemplares.

A decisão editorial de abrir os conteúdos nas plataformas digitais foi natural, já que é praxe do Jornal, há muitos anos, não cobrar assinatura em matérias de utilidade pública, como vaquinhas, pedidos de apoio e informações que podem custar vidas. E é nessa última frase que, mais uma vez, a força da comunicação se reforça. Desde o início das catástrofes, é através dos veículos tradicionais que a população procura saber o que está acontecendo. O salto em acessos é gritante.

Momentos assim, infelizmente, abrem espaço para muita desinformação. Ainda mais em ano eleitoral, que figuras minúsculas usam desse momento para tentar obter algum capital político ou atacar adversários. As críticas, como dissemos no Editorial passado, são sempre necessárias, desde que seja para construção ou para cobrar atuações eficazes. Quando se é pensando em voto, automaticamente a figura que tenta angariar eleitores usando de uma tragédia se torna inapta para governar. A falta de escrúpulos nunca pode ser perdoada ou esquecida.

Ao longo do final de semana, a equipe do DP se desdobrou para cobrar das autoridades informações em tempo real, bem como para verificar o que estava acontecendo. Os acessos no site do Jornal aumentaram abruptamente, pois é em veículos tradicionais que a comunidade tranquiliza-se em confiar. O mesmo vale para o rádio, o mais democrático dos meios de comunicação, que vem acompanhando o pessoal em áreas duramente atingidas.

Comunicar-se é intrínseco da natureza humana e em momentos de caos sentimos ainda mais a necessidade, seja de saber se está tudo bem, seja de checarmos o que está acontecendo e nos prepararmos para o pior. Governantes e autoridades precisam agilizar-se para comunicar mais rápido em um mundo tão dinâmico quanto o atual. E os veículos precisam estar preparados para agir cada vez mais rápido também.


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